Hamas diz ter recebido garantias para fim da guerra
O negociador-chefe do Hamas, Khalil al-Hayya, afirmou nesta quinta-feira (9 de outubro de 2025) que o grupo recebeu “garantias dos mediadores e do governo dos EUA” confirmando que a guerra com Israel “está completamente terminada”.
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Segundo relatos, essas garantias foram obtidas junto a mediadores árabes, Turquia e os Estados Unidos, no contexto de um acordo de cessar-fogo e troca de prisioneiros/ reféns entre Israel e Hamas.
O anúncio também indica que, como parte do acordo, Israel libertaria 250 prisioneiros condenados à prisão perpétua e aproximadamente 1.700 palestinos, enquanto o Hamas liberaria reféns israelenses vivos e restos mortais dos que faleceram.
No entanto, o acordo ainda depende de aprovação por parte do governo israelense; o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu estaria avaliando o plano.
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Também há cautela de analistas: eles apontam que declarações de fim de guerra já ocorreram em contextos anteriores, mas nem sempre foram cumpridas totalmente — os termos exatos e o monitoramento são determinantes.
Análise e ressalvas
O simples fato de o Hamas afirmar que “recebeu garantias” não significa automaticamente que o conflito terminou de fato, de modo irrevogável. Muitos acordos de cessar-fogo ou trégua anteriores foram interrompidos ou violados por alguma das partes.
A implementação depende de muitos fatores: cumprimento dos termos por Israel (liberação de prisioneiros, retirada, etc.), mecanismos de fiscalização, garantia de que nenhuma das partes retomará hostilidades.
Mesmo se o acordo for aprovado por Israel, a transição será complexa: retirada de tropas, supervisão internacional, reconstrução de Gaza, segurança e garantia de que não haverá retomada dos ataques.
Há quase sempre uma desconfiança mútua e muitos pontos podem gerar litígios (quem monitora, com que autoridade, prazos, condições).
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