Guerra do comando vermelho no rio de janeiro

 

Depende um pouco do que você quer dizer por “guerra do Comando Vermelho” — conflito contra o estado? disputa territorial com milícias ou outras facções? — mas posso dar um panorama do Comando Vermelho no Rio de Janeiro, e destacar episódios recentes que têm sido descritos como “guerra”. Se você quiser, posso focar em um recorte histórico ou em “atualidade”. Aqui vai um resumo + alguns exemplos:

O que é o Comando Vermelho

O Comando Vermelho (CV) é uma das principais facções criminosas do Brasil, fundada no Rio de Janeiro.

Atua no tráfico de drogas, contrabando, roubo, extorsão etc., com presença forte em favelas e áreas periféricas no estado.

Também disputa espaço contra outras facções (como o PCC — Primeiro Comando da Capital), milícias, facções menores e mesmo com aparato do Estado (polícia, justiça etc.).

Disputa territorial e expansão

Alguns dados recentes mostram o aumento da influência / domínio territorial do CV no estado:

Em 2023, segundo o “Mapa dos Grupos Armados” (Instituto Fogo Cruzado +GENI-UFF), o Comando Vermelho aumentou sua área de domínio territorial na Região Metropolitana do Rio. 

O CV passou a ter mais controle territorial do que milícias em áreas dominadas por grupos armados naquela região. 

A expansão ocorreu particularmente na Baixada Fluminense e no Leste Metropolitano. 

Episódios recentes de “guerra” / grandes operações

Alguns episódios recentes mostram escalada da violência, operações policiais fortes ou confrontos intensos — que podem ser considerados uma “guerra” entre facção + Estado ou entre facção e facção:

Operação Contenção — 28 de outubro de 2025

Em 28/10/2025, a polícia do Rio realizou uma grande operação nos complexos do Alemão e da Penha, com o objetivo de conter o avanço do Comando Vermelho. 

Aproximadamente 2.500 agentes participaram. 

Houve confrontos intensos, com uso de barricadas, veículos bloqueando vias e, segundo reportagens, uso de drones com explosivos ou bombas por criminosos. 

O saldo foi de 64 pessoas mortas — sendo civis, suspeitos de envolvimento e também policiais — tornando-se reportado como a operação mais letal na história do estado. 

Também houve prisões (cerca de 81 pessoas) e apreensão de armas. 

Disputas entre CV e milícias / outras facções

Em vários bairros do Rio há relatos de tiroteios frequentes associados a disputas territoriais envolvendo o CV e milícias ou outras facções. Por exemplo, reportagem de O Globo cita que em quatro bairros houve centenas de tiroteios por disputas territoriais entre milícia e CV. 

O Globo

Isso indica que a facção não apenas enfrenta operações policiais, mas também disputa com outros grupos armados por controle de território/população.

Tentativas de desmantelar estrutura financeira / cooperação internacional

Em fevereiro de 2025, há registro de que o governo do Rio buscava apoio dos EUA para combater o Comando Vermelho, visando cooperação internacional para combater lavagem de dinheiro / tráfico de armas. 

UOL Notícias

Também há notícia de bloqueio de bens (ativos patrimoniais) atribuídos ao CV — uma operação de repressão mais institucional, voltada ao financiamento da facção. 

Diário do Poder

Interpretação: por que se fala em “guerra”?

Quando se diz que há uma “guerra do Comando Vermelho no Rio de Janeiro”, pode-se estar aludindo a vários fenômenos interrelacionados:

Violência armada intensa: trocas de tiros, uso de barricadas, ataques a policiais, perigos para civis nas favelas, etc.

Operações policiais em larga escala, com uso de força pesada, prisões em massa, mortes — como mostrado na Operação Contenção.

Disputa por território e controle local: favelas, rotas de tráfico, controle social dentro de comunidades, poder paralelo.

Aspecto político / institucional: Estado tentado reagir através de operações policiais, processos judiciais, cooperação externa, ações contra estrutura financeira da facção.

Aspecto social / comunitário: moradores vivendo sob risco, suspensão de escolas / transporte / restrições de mobilidade local, impacto sobre cotidiano.