Como funciona a Lavagem de Dinheiro

 

A lavagem de dinheiro é um processo usado por criminosos para dar aparência lícita a recursos obtidos de forma ilegal (como corrupção, tráfico, contrabando, fraude fiscal, etc.). A ideia é "esconder a origem" e reinserir o dinheiro no sistema financeiro como se fosse legítimo.

De forma simplificada, costuma ser descrita em três etapas principais:

1. Colocação (Placement)

O dinheiro sujo entra no sistema financeiro.

Exemplos: depósitos fracionados em contas bancárias, compra de bens de alto valor (carros, joias, imóveis), uso de empresas de fachada ou em espécie.

2. Ocultação/Dispersão (Layering)

Nessa fase, os criminosos buscam dificultar o rastreamento.

Fazem múltiplas transferências, usam contas em diferentes países, empresas de "fachada" ou paraísos fiscais.

Podem usar criptomoedas, contratos falsos ou simulações de empréstimos para confundir a origem.

3. Integração (Integration)

O dinheiro volta a circular como se fosse legítimo.

Exemplos: investimento em negócios aparentemente lícitos (restaurantes, construtoras, comércio), compra de ações, imóveis ou participação em empresas.

Assim, os criminosos podem usufruir dos recursos sem levantar suspeitas.

🔎 Exemplo prático simplificado:
Um traficante pega dinheiro em espécie → deposita em pequenas quantias numa empresa de fachada → transfere esse dinheiro para contas em outros países → "retorna" como se fosse investimento estrangeiro em sua própria empresa de construção → o lucro da empresa aparece "limpo" e pode ser gasto.

⚖️ Legislação e combate

Muitos países (incluindo o Brasil, com a Lei nº 9.613/1998) criminalizam a lavagem de dinheiro.

Órgãos de fiscalização como o COAF no Brasil e o GAFI internacionalmente monitoram transações suspeitas.

Bancos e corretoras são obrigados a comunicar operações atípicas.


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