Imigração no Canadá virou tormento
A imigração para o Canadá, tradicional destino procurado por brasileiros, realmente se tornou bem mais complexa — o que tem sido uma verdadeira “tormenta” para muitos. Aqui está um panorama atualizado:
🧭 O que mudou
O governo de Justin Trudeau reduziu a cota de residência permanente prevista para 2025 em cerca de 21%, de 500 mil para 395 mil pessoas, com novas metas apertadas também para 2026 (380 mil) e 2027 (365 mil)
A entrada de trabalhadores temporários também será limitada: visa cortar aproximadamente 20‑27% nos próximos três anos, principalmente devido à crise de moradia e sobrecarga de serviços públicos
Para estudantes internacionais, houve uma queda de até 35% na emissão de vistos em 2024, com exigências financeiras mais rigorosas e restrição em regiões com alto desemprego
O Work Permit para empregos de baixa remuneração passou a ter validade de apenas um ano (antes eram dois), dificultando quem buscava estabilidade temporária
Por que isso impacta tanto os brasileiros
Aumentou a competitividade: agora é praticamente mandatória a fluência em inglês ou francês e experiência profissional em áreas como tecnologia, saúde ou engenharia para conseguir se destacar
Express Entry e programas provinciais (PNP) ficaram mais rigorosos: pontuação mínima só sobe e é preciso estar com tudo muito alinhado (idioma, educação, contrato de emprego etc.) para não ficar de fora
Crise em Quebec: tempos de espera para reunificação familiar dispararam (de cerca de 13 meses para 33–41 meses) por causa das cotas provinciais
Vozes reais: brasileiros relatam dificuldade e desilusão
Um usuário no Reddit conta que, apesar de dominar inglês e ter experiência, enfrentou altos índices de desemprego e cancelamento de vagas:
“mercado muito ruim… trabalhos entry level ocupados quase completamente por indianos e paquistaneses”
Outra usuária narra que, após investimento de cerca de US$ 35 mil, não conseguiu alcançar a pontuação necessária no Express Entry, e teme perder tudo
Alternativas e dicas
Feiras de emprego no Brasil: buscar oferta de trabalho canadense antes da mudança melhora muito
Especializar-se em setores demandados: TI, saúde, engenharia e construção continuam com boas aberturas
Preparar o perfil com antecedência: investir em IELTS/TEF, avaliação de diploma (ECA), currículo canadense e preparação para entrevistas
Contar com consultoria autorizada: evita erros que podem custar tempo e dinheiro
Conclusão
Em resumo, o que antes era considerado o “sonho canadense” estudar, trabalhar, morar hoje exige muito mais planejamento e qualificação. As portas seguem abertas, mas sob critérios mais restritivos e seletivos. Os brasileiros que não se adaptarem a este novo cenário podem ter muito mais dificuldades e, em alguns casos, até arrependimentos.
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