Barulho humano alcança o fundo do mar e põe animais em risco
O barulho gerado por atividades humanas no oceano pode viajar longas distâncias debaixo d'água e causar sérios impactos à vida marinha. Sons como motores de navios, explosões sísmicas para prospecção de petróleo, construção de turbinas eólicas e até exercícios militares (como sonares de alta intensidade) afetam diretamente animais que dependem do som para sobreviver.
Como o som se propaga no mar
A água é um ótimo condutor de som: O som viaja cerca de 4 vezes mais rápido na água do que no ar, podendo percorrer centenas ou até milhares de quilômetros.
Os animais marinhos, especialmente cetáceos (golfinhos, baleias), usam o som para se comunicar, caçar, navegar e identificar predadores.
Impactos do barulho humano
🔊 Golfinhos "gritando" para se comunicar
Quando há muito barulho no ambiente, como o som constante de navios, golfinhos aumentam o volume de seus sons para conseguir se ouvir – algo semelhante ao que fazemos quando falamos mais alto em uma festa barulhenta.
Esse esforço constante gera estresse e pode afetar a capacidade de caça e socialização.
🐋 Baleias encalhadas
Algumas baleias, como os cachalotes e baleias-bicudas, são extremamente sensíveis a ruídos intensos como sonares militares.
Esses sons podem desorientar os animais, interferindo no seu senso de direção e fazendo com que subam rapidamente à superfície – isso pode causar lesões internas, como embolias gasosas, e levar ao encalhe.
Exemplos reais
Estudos ligam testes com sonar a eventos em massa de encalhes de baleias em regiões como as Ilhas Canárias e Bahamas.
Em áreas com intensa atividade de prospecção sísmica, observou-se uma redução de 90% na presença de baleias.
O que está sendo feito
Zonas de silêncio oceânico: Áreas protegidas onde ruídos humanos são limitados.
Tecnologias mais silenciosas: Navios e equipamentos com menor impacto sonoro.
Monitoramento ambiental antes de atividades sísmicas ou militares.
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