Facção 'evangélica' que emerge como terceira força do crime organizado do Brasil
Arremessam uma estrela de Davi enorme do alto de uma caixa d'água em Parada de Lucas, na Zona Norte da cidade. Dia 11 de março, o símbolo de neon brilhava forte à noite, avisando a quem o avistasse que aquele era o Complexo de Israel: o conjunto de cinco comunidades na zona norte do Rio dominadas pelo Terceiro Comando Puro (TCP), facção que nos últimos anos ficou conhecida pela presença de traficantes que se dizem evangélicos. Um imóvel de luxo do chefe do tráfico no local, Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como "Peixão", um "resort" erguido em uma área de proteção ambiental dentro do complexo. Nunca passou pelo sistema carcerário. Com 39 anos, sua figura é cercada de mistérios e perguntas em aberto. Não se sabe, por exemplo, qual sua história de conversão. Alguns relatos dizem que ele é pastor, outros que virou evangélico por causa da mãe. Caixa d'água em Parada de Lucas foi mais simbólica do que prática. Como relatou o coordenador-geral de anál...