Excesso de política nas igrejas tem gerado desgaste entre evangélicos

 

Geografia e Estatística (IBGE) nesta semana, reflete fatores como a insatisfação de jovens de famílias evangélicas, a reação da Igreja Católica e o desencanto de uma parcela dos fiéis com o forte envolvimento político de algumas lideranças religiosas evangélicas nos últimos anos.

Ana Carolina Evangelista, diretora-executiva do Instituto de Estudos da Religião (ISER), que falou à BBC News Brasil após a divulgação dos dados pelo IBGE.

Qualitativas e observação empírica, que começa a existir uma espécie de desgaste de um tipo de cristianismo entre os próprios evangélicos, relata Evangelista.

Evangélicos que faz com que algumas pessoas não se reconheçam mais em suas lideranças religiosas, seja pelo perfil delas ou pelas pautas que elas têm defendido publicamente, e que acabam excluindo seus próprios membros.

Brasileiro, já que os evangélicos continuam sendo o grupo religioso de maior crescimento do país, ainda que a um ritmo um pouco menor.

Servir para calibrar o debate público, que na visão da pesquisadora tem hiper valorizado o peso evangélico.

Debate público, a mídia, os analistas políticos vão começar a olhar e correlacionar o campo religioso com o campo político brasileiro, por exemplo.Quase uma calibragem de rota, diz Evangelista.

Sim, essa é uma realidade cada vez mais evidente no Brasil e em outros países: o excesso de política nas igrejas tem provocado um crescente desgaste entre os evangélicos, tanto na liderança quanto entre os fiéis. Aqui estão alguns pontos-chave para entender o fenômeno:

🔍 O que está acontecendo?
1. Mistura entre púlpito e palanque
Pastores e líderes têm usado espaços religiosos para fazer campanhas políticas explícitas.

Em alguns casos, sermões são substituídos por discursos ideológicos.

2. Polarização entre os fiéis
Membros que têm visões políticas diferentes das da liderança ou da maioria acabam se sentindo excluídos ou constrangidos.

Isso tem levado à ruptura de laços comunitários e até à saída de pessoas das igrejas.

3. Fé instrumentalizada
A fé é usada como ferramenta para defender partidos, candidatos ou ideologias específicas.

Isso enfraquece a confiança dos fiéis na neutralidade espiritual da igreja.

⚠️ Consequências desse excesso
Desmotivação espiritual: muitas pessoas deixam de ir aos cultos por não querer ouvir sobre política.

Perda de credibilidade: a igreja deixa de ser vista como um refúgio e passa a ser associada a interesses partidários.

Divisão interna: surgem brigas, fofocas e afastamento entre irmãos por discordâncias ideológicas.

🙏 O que muitos evangélicos estão buscando?
Volta ao evangelho puro e simples, focado em Jesus e não em políticos.

Espaços onde possam crescer espiritualmente sem pressão política.

Líderes com postura equilibrada, que saibam separar a fé da disputa eleitoral.

🗣️ Frases comuns entre os descontentes:
"Vim ouvir a Palavra, não campanha eleitoral."

"A igreja virou um comitê político."

"Sinto que se não concordo com tudo, não sou mais bem-vindo."

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mitologia Egípcia